Você seria tão leal quanto eles?

Atenção: Esse texto possui spoilers, ou seja, cita acontecimentos e fatos que podem estragar a graça do filme. O que não muda muito, rs .. pois a Sinopse do filme já diz o que vai acontecer e a Verdadeira história de Ueno e Hachiko pode ser lida em varios lugares. Enfim, aviso dado.

Seriam os animais tão diferentes de nós ? será que eles nos entendem ?

 Eu amo filmes baseados em fatos reais e ano passado eu fui ao cinema com uns amigos e ao vermos o cartaz do filme "Sempre ao seu Lado" nos interessamos muito e acabamos assistindo. O filme contava a história de um cão da raça Akita, o Hachiko, que havia se perdido em uma estação de trem e foi encontrado pelo Professor Parker (Richard Gere) que o adotou e cuidou do cão.
  A história real aconteceu no Japão. Hachiko nasceu em novembro de 1923, e logo foi enviado para a casa de Hidesaburo em Shibuya, que sempre sonhou em ter um cão da raca Akita. Com o tempo a amizade e o amor entre os dois foi crescendo ao ponto de Hachi acompanhar seu dono (que era professor da faculdade agrícola de Tóquio) a estação de trem todos os dias. O que é interessante na história é que Hachi era capaz de ir sozinho até a estação de trem por volta das 15h, para esperar o dono, e voltavam os dois para casa juntos independente das condições do tempo.

Infelizmente, em maio de 1925 Hidesaburo faleceu enquanto estava na faculdade e jamais retornou para a estação de trem. O filme mostra que desde que Hachi era um filhote, seu dono tentava ensina-lo a ir buscar a bolinha e ele nunca a trazia de volta mas no dia em que Sr. Parker faleceu, pela manhã, o cachorrinho o entregou a bolinha na estação de trem, e quando o professor tentava entrar no trem o cão latia como se não quisesse que ele fosse para o trabalho, parecia que estava pressentindo algo. 

Estátua de Bronze na Estação de Shibuya.

  Voltando a história original, dizem que parentes e amigos dos Ueno passaram a cuidar de Hachi. E onde quer que estivesse, Hachi sempre dava um jeito de fugir e aparecer na casa antiga dos Ueno, e na estação de trem pela manhã e no final da tarde, na esperança de reencontrar seu dono. Sua presença constante tornou-se famosa no local, onde vendedores locais e antigos amigos de Hidesaburo levavam comida e água para Hachi. Era o máximo que eles podiam fazer pelo cão que sempre esperava pelo dono que nunca voltaria. E assim foi por longos 10 anos. A história de Hachiko foi parar nos jornais japoneses e acabou promovendo até a raça Akita que na época estava em extinção. 

  Em 1934 Hachi ganhou uma estátua de bronze no seu posto de espera. Em 1935 ele faleceu perto da estação de trem, ainda esperando seu dono voltar. Em 1948 ganhou uma nova estátua,pois a outra havia sido destruída pelos japoneses na segunda guerra mundial, estatua essa que permanece até hoje na estação de Shibuya.

  Conhecendo histórias como essa que eu acredito cada vez mais que os animais as vezes são tão mais humanos que nós mesmos. Quantos de nós seriamos fortes o suficiente e teriamos tanta esperança e lealdade a ponto de esperar por 10 anos alguém ? tudo bem que Hachi era um cão, que ele podia não entender que seu dono havia morrido ... mas 10 anos ? todos os dias no mesmo lugar, no mesmo horario, esperando a mesma pessoa que nunca voltava ! E não falo só dessa história do cão japones não ... conheço varias outras, de pessoas próximas também. Meu primo mesmo tinha um Husky, ele criou o cãozinho desde filhote... e chegou um certo tempo que ele precisou mudar e não podia levar o cachorro com ele, sem outra escolha ele deu esse cão para um amigo e mudou ... e não é que o Lobo voltou inumeras vezes até a casa do meu primo? uma vez ele sumiu por dias, voltou machucado mas não foi para a casa do novo dono e sim para a mesma casa em que foi criado. E assim como essas existem mais milhares de histórias e provas de lealdade desses bichinhos! 

Meu bebê, Neko. Dormindo *-*

  Bem, vendo tudo isso preciso confessar-lhes e até deixar uma perguntinha para vocês. Eu cresci com animais de estimação, a Xuxa, o Fred, o Max, o Zé, o popó, a Tati, a Priscila... enfim, tive varios bichinhos e hoje eu tenho o Neko. Um gato que não sabe que o nome dele é Neko, só responde se for chamado de Gato kkkk ... e eu despejo toooda a saudade que sinto dos meus outros companheirinhos nele. Ele é muito mimado! mas vamos a confissão: todos os dias quando acordo, e as vezes até no meio do dia eu agaaarro meu filhotinho o encho de beijos e digo que eu o amo, as vezes eu acho que ele entende o que eu quero dizer.. as vezes ele pula do meu colo e sai correndo... mas mesmo assim ele corre alegre e eu me sinto feliz. Será que ele me entende? ele sabe o quanto eu o amo? minha mãe diz que os animais sabem quem gosta deles e quem não gosta. Se ele não entende as minhas palavras, o que é provável, eu sinto que ele entende o que eu quero dizer, da forma dele... mas entende!  é o que importa. E antes que vocês me achem louca, foi comprovado que  Homens e gatos possuem a mesma região do cérebro responsável pelas emoções.  Huuuuunnnnf!!!  
   
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Mas e quanto a vocês? tem alguma história dessas, ou alguma confissão pra nos fazer?